27 de outubro de 2008

Filha de peixe... - Segunda-feira, Agosto 07, 2006

Eu já joguei minhas roupas no lixo e já joguei água sanitária no arroz. Por que? Não sei, é como se eu saísse de órbita, distraio, faço sem ver e quando vejo aquilo volto, estranho, demora alguns segundos até que eu entenda o que não encaixa nessa ação e perceba a besteira que eu fiz.
Não me orgulho muito disso, não é legal ter que começar a cozinhar o arroz todo de novo, não é legal aparecer em casa com uma caneta que você não tem idéia de onde surgiu, ou ir para faculdade com o controle remoto da tv.
Esses dias descobri que se não tem solução, tem uma explicação: é genético.

Diálogo 1 com minha mãe:
-Acredita que eu fui passar o hidratante e passei desodorante no lugar?
-Mas mãe, quando tava passando não sentiu o perfume?
-Não, só estranhei quando os olhos começaram a arder.

Diálogo 02:
-Pinga colírio pra mim?
-Mãe, tem certeza que isso é um colírio? Tá estranho, tá azul e grosso.
-Ah, peguei lá no quarto do Rodrigo (meu irmão). É colírio sim, li na bula.
-Mãe, você é louca? Não pode pingar sem receita médica, vi na tv. Aumenta a pressão interna do olho, coisa e tal. Pode até cegar!

Nesse meio tempo meu irmão chega.

-Não, não é colírio. É remédio pro ouvido.
-Você não disse que leu na bula? -
Li, mas estava sem os óculos. De qualquer funcionou, não ta ardendo mais.

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