7 de outubro de 2008

Eu em Hollywood (Segunda-feira, Fevereiro 23, 2004)



Semana passada, já de volta a minha vidinha de estudante, tive uma experiência desejada por muitos: senti como é estar dentro de um grande filme.

Tudo começou quando resolvi cortar meu cabelo. Preços acertados, serviço aparentemente pronto, eu já estava indo para o secador quando o cabeleireiro pediu que eu voltasse para a cadeira dele, pois ele achava que se fizesse mais um detalhe ficaria melhor. Achei bacana, geralmente os cabeleireiros fazem aquilo que foi combinado e pronto, então comentei:

-Você gosta do que faz , né?

Como diriam meus conterrâneos: Ah, pra quê?

Ele começou um longo discurso sobre como a gente precisa fazer o que ama, chamou todos os funcionários do salão para contar o que eu tinha falado e foi ai que fui transportada de São Bernardo do Campo para Hollywood, diretamente para o filme Edward Mãos de Tesoura. Pensei em perguntar se ele pretendia desenhar um dinossauro com as minhas mechas, mas achei melhor não atrapalhar e apreciar o espetáculo. Ele fazia movimentos estranhos com a mão, gestos para lá de teatrais, pegou umas tesouras diferentes na gaveta, voava fio para tudo que é lado.

-Pronto . Gostou? Respondi que sim, mais por não Ter nada temático na minha cabeça do que por qualquer outra coisa. Agradeci, despedi, ele parecia feliz. Perigosa essa tal vaidade.

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