7 de outubro de 2008

Casamento sim, por que não? (Terça-feira, Setembro 09, 2003)


Eu sempre tive pânico de casamento. Noivo, noiva, véu, grinalda, padrinhos, pajens, padres, tudo me fazia suar. Deixei de ir a vários casamentos por conta dessa fobia, coisa incompreensível para o pessoal lá de casa, fãs de uma boca livre, mas não havia bolinha de queijo nem taça de champanhe que me fizessem mudar de idéia: - Mais chato que casamento só formatura, por que além da formalidade você tem que levantar e subir no palco com uma roupa que você detestou e com um sapato que você não vê a hora de tirar. Isso fora o medo de cair na frente de todo mundo. Como que se estivessem me testando, de uma hora para a outra todas as pessoas resolveram se casar , e agora não era mais casamento da filha da vizinha, nem da secretaria da tia. Eram casamentos de amigos, primos, pessoas que não dava pra dar um bolo. Tive que mudar minha atitude. Não é que foi bom? Sábado foi o casamento do meu primo Fábio, o terceiro depois da ¿mudança¿.Fui e adorei. Revi muita gente que andava sumida, conversei com toda a parentada, que é difícil de reunir. Tive tempo para observar o primo caçula, de pegar no colo. Conheci um primo do meu pai que há muito tempo queria conhecer, mas ninguém tinha noticia: uma figura que foi com um terno de colcha de retalho, dançava sozinho na pista enquanto todos jantavam e que mora pertinho, ali na Consolação. Bebi muito vinho,provei cada variedade de salgadinho e comi aqueles doces que só casamento tem. Só não corri atrás do buquê, porque agora acho que casamento é bom sim, mas o dos outros.




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