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- umbigo embolorado
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29 de novembro de 2008
Você no meu Google Analytics
16 de novembro de 2008
10 de novembro de 2008
Sobre carências
Agora eu tenho um amigo mudo. Ele me liga de um número inibido e não fala nada. Eu deixo o telefone ligado, e ele fica lá, ouvindo, ouvindo, volto depois de meia hora e ele ainda está lá, tadinho. Carente o menino. Ou a menina.
Hoje meu telefone tocou e logo vi que não era da minha agenda. É o Mudinho, pensei, mas eu atendi e falaram comigo.
-Marcela.
-Oi, Marcela. Aqui é o Eduardo. Você deixou seu telefone agora na internet?
- Mas você não estava na internet agora?
-Não.( Milagrosamente eu não estava mesmo)
-Onde você está? Em Varginha?
-Não, em Poços de Caldas.
-Ah, ok. Foi um engano então, desculpe.
- Eu não deixei meu telefone na internet.
-Ah, desculpe então.
Conclusões dessa história bizarra:
2º- Tem gente carente e desesperada no mundo. Mais do que eu, mais do que você, mais do que o Mudo. Basta uma promessinha de prazer e pronto. Não é a toa que perdem rins por aí.
8 de novembro de 2008
Sobre quintais e amoras
Ontem eu fui e foi bom. Notei que as mudas de hortelã que eu plantei finalmente pegaram, que meu pé de melissa cresceu bastante e que infelizmente passou o tempo das amoras. Fiquei triste porque eu mal tive tempo de comê-las.
Opa! Não tive tempo de comer amora? Como assim? Eu passei horas no msn, no twitter, no orkut, assisti tv e não tive tempo de comer amoras?
Claro que eu tive. Assim como eu tive tempo para ver meu amigos, ver meus avós, de tomar um banho demorado, de ler um bom livro, o que for, mas não o fiz. Então assumo minhas escolhas, certas ou erradas, e digo " eu não fiz porque não quis"? Claro que não. Eu prefiro por a culpa na vida, no tempo, no trabalho, no sistema, na minha mãe, ou seja lá em quem for conveniente.
* foto: Gato Frank Sinatra, que sempre vai ao quintal.
7 de novembro de 2008
Qual seu maior sonho?
4 de novembro de 2008
A Sete Chaves
Todo mundo gostava de alguém, o colega de sala ou o menino da rua, e assim, sem entender nada sobre amor e sobre relacionamento íamos seguindo.
Era um segredo guardado a sete chaves. Contávamos no máximo para nossa melhor amiga e, ainda assim, após juras que envolviam nomes divinos e nossas mães mortas atrás da porta.
Depois de alguns anos chegou a brincadeira do beijo e começamos a colocar nosso afeto em prática, mas não, não era o fim dos segredinhos. As brincadeiras de pêra-uva-maça-salada-mista geralmente aconteciam nos fim das festas ou garagens dos prédios, com poucos participantes, ou melhor, poucas testemunhas. No outro dia rolava a fofoca de quem beijou quem, se foi de língua ou não e quantos minutos durou.
Com a bagagem de algumas saladas mistas, o beijo começou a não ser mais motivo de fofoca, agora todo mundo “ficava” e era na frente de todo mundo mesmo, nos shows, nas festas, na porta da escola. Mais tarde alguns ficantes começaram a namorar. Pronto, começou o boato que aqueles dois haviam feito sexo. Sério? A Ana não é mais virgem? Não sei, ninguém sabe. Mas imagina se os pais descobrem? E os pais descobriam, alias, todo mundo descobria, afinal estava todo mundo transando.
Com namoros somados, e algumas (loucas) até casamentos, conversamos sobre sexo como quem fala do preço da laranja. Falamos livremente sobre a primeira vez, posição favorita, número de parceiros, sobre a freqüência (ou a falta dela), o que leva nos leva a acreditar que não temos mais o que esconder, mas quem disse?
Basta perguntar sobre gostamos para surgir uma máquina do tempo que nos leva diretamente para primeira série, porque sim, apesar de ficar com aquele, ou ter feito sexo com aquele outro, acontece de gostar de um terceiro e não gostamos de sair por aí assumindo esses sentimentos. E não, não há caipirinha de kiwi que nos leve a dizer se já esquecemos, se amamos ou não, ou o que escrevemos naquele e-mail, não sem antes jurar pela mãe morta atrás da porta.
1 de novembro de 2008
O Santo das Causas Impossíveis
Eu queria acreditar em Deus, santos e promessas, mas não consigo. Foi o que eu disse para a moça que me aconselhou a fazer um pedido para São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis. Ela insistiu, que mal faria? Resolvi tentar, mas o que eu poderia prometer? O que São Judas, lá do alto de sua nuvem, acharia realmente esforçado para mim? Não comer chocolate, sorvete ou carnes? Ir pelo estômago é muito clichê, pensei. Nem ele deve agüentar mais essas promessas de mulherzinha.
Cogitei em não entrar mais na internet, o que seria realmente difícil para mim, mas não sei qual o pé de modernidade de São Judas. Talvez ele não considere uma promessa legítima. O que São Judas entende de orkut, blogs, msn. blip, twitter e etcs? Vai me dizer que ele tem perfil no facebook? Se sim, talvez seja mais interessante mandar um e-mail. Ahn?
Ela me aconselhou a entregar uma cesta básica por mês. Achei interessante. Não sairia muito caro, não seria cansativo como subir uma escadaria de joelhos, e ainda tem apelo emocional. Dá certo em programas de TV, talvez dê certo para mim.
Contei pra ela que não cumpri uma promessa uma vez. Será que tem problema?
Eu estava na sexta série e meu pai disse me daria uma moto Jog se eu não pegasse nenhuma recuperação. Eu sabia que a probabilidade era pequena, pois estava mal em inglês, então resolvi fazer uma promessa para São Longuinho. Se eu não pegasse recuperação, daria 500 pulinhos.
Deu certo, eu não peguei recuperação, mas... também não ganhei a Jog. Nada mais justo que não dar os 500 pulinhos, certo? Errado. São Longuinho ficou puto. Tão puto que espalhou minha fama de má pagadora por todo o reino das divindades, de forma que meus pedidos nunca mais foram atendidos. Acho que São Longuinho é uma espécie de serasa do céu. Não há São Jorge que me salve, muito menos Santo Antônio, que resolveu tomar todas as dores do Longuinho e ferrar minha vida amorosa pra todo sempre. O jeito é torcer para que São Judas não faça parte dessa patota e me ajude, afinal, são doze cestas básicas, certo São Judas?