29 de novembro de 2008

Você no meu Google Analytics


Na minha opinião, a coisa mais legal que inventaram no mundo bloguiano foi o google anatytics. Tá, tá tá. Eu sei que já existiam outros, mas eu não conhecia, então que se danem.
Para quem não sabe, o Google Analytics mostra relatórios de visitas ao blog, diz quantas pessoas visitaram, de onde são, quanto tempo ficaram, de onde vieram e o melhor de tudo, porque vieram, revelando a palavra ou frase que eles procuraram no google até cair no seu blog. Essa é a primeira coisa que eu procuro quando entro no analytics, a sessão de palavras-chave. Eu escrevo algo como Brad Pitt aqui, e pronto, amanhã eu fico sabendo que tantas pessoas caíram aqui pesquisando sobre o assunto. Não é super divertido? Bem, eu acho.
No meu antigo blog, por muito tempo a palavra campeã era batomuche. Gente, por que as pessoas querem tanto saber de um acidente no mar? Morbido, não? Mais tarde eu escrevi um textinho que falava de sexo com legumes e nossa, sexo com legumes liderou o ranking, continuando firme até o fim do blog.
Como o Umbigo Roxo é um blog de familia, não tem nenhuma palavra-chave sexual na liderança, só algumas pesquisas perdidas, como sobre feira de sacanagem , outra de homem de fio dental e sobre a Marcela Prado. Por onde andará Marcela Prado, a filha de Marcela Prado, Marcela Prado pelada, e também o nome correto, Marcella Prado, com a consuante dobrada, minha xará, coelhinha da playboy, garota fantástico, ex-namorada o Airton Senna, com quem (dizem) teve uma filha.
Será que eu passo a usar Marcela Paiva? Demorei tanto até optar pelo Prado.

Abaixo outras pesquisas um tanto inusitadas que apareceram por aqui:

  • a uva roxa tira a vontade de vomitar
  • o que fazer para afundar o umbigo do meu filho
  • como humilhar uma pessoa em cinco dias
  • dançando na chuva de papai noel
  • foto umbigo homem com hernia
  • umbigo embolorado
  • patentear o milho roxo
E eu fico em casa rindo da mãe desesperada com um inofensivo umbigo saltado.

16 de novembro de 2008

Sobre os mistérios do mundo


Eu adoro essa músicas, mas...




o que é esse tal ive brussel?

10 de novembro de 2008

Sobre carências


Agora eu tenho um amigo mudo. Ele me liga de um número inibido e não fala nada. Eu deixo o telefone ligado, e ele fica lá, ouvindo, ouvindo, volto depois de meia hora e ele ainda está lá, tadinho. Carente o menino. Ou a menina.
Hoje meu telefone tocou e logo vi que não era da minha agenda. É o Mudinho, pensei, mas eu atendi e falaram comigo.

-Alô. Quem ta falando?
-Marcela.
-Oi, Marcela. Aqui é o Eduardo. Você deixou seu telefone agora na internet?

 Corri na mente todos os Eduardos que eu conhecia, e nenhum tinha aquela voz.

- Acho que deve ser um engano.
- Mas você não estava na internet agora?
-Não.( Milagrosamente eu não estava mesmo)
-Onde você está? Em Varginha?
-Não, em Poços de Caldas.
-Ah, ok. Foi um engano então, desculpe.

 Enquanto eu falava com o tal Eduardo a minha chamada em espera tocou. Atendi, era uma ligação a cobrar. Desliguei. Chamou de novo. Resolvi atender.

- Oi, você deixou seu telefone na internet. Desculpe ligar a cobrar, mas eu estava viajando, e...
- Eu não deixei meu telefone na internet.
-Ah, desculpe então.

Fiquei com a pulga atrás da orelha. Por que dois homens ligariam assim, ao mesmo tempo? Resolvi retornar para o tal Eduardo para tirar satisfação e a história vocês já devem imaginar. Alguém entrou em um bate-papo e escreveu  “Quero sexo. Me liga agora, número tal”. Legal, né?
Conclusões dessa história bizarra:

 1º - Alguém me odeia. E esse alguém tem meu celular. Talvez seja o meu amigo Mudinho. Ou melhor, meu inimigo Mudinho.

2º- Tem gente carente e desesperada no mundo. Mais do que eu, mais do que você, mais do que o Mudo. Basta uma promessinha de prazer e pronto. Não é a toa que perdem rins por aí.

 

8 de novembro de 2008

Sobre quintais e amoras

Eu vou pouco ao meu quintal. Talvez eu vá uma vez a cada dois meses, algumas épocas menos. Acho que já cheguei a ficar mais de um ano sem pisar lá. Olho aqui de longe, da varanda, vigio, mas não vou.
Ontem eu fui e foi bom. Notei que as mudas de hortelã que eu plantei finalmente pegaram, que meu pé de melissa cresceu bastante e que infelizmente passou o tempo das amoras. Fiquei triste porque eu mal tive tempo de comê-las.
Opa! Não tive tempo de comer amora? Como assim? Eu passei horas no msn, no twitter, no orkut, assisti tv e não tive tempo de comer amoras?
Claro que eu tive. Assim como eu tive tempo para ver meu amigos, ver meus avós, de tomar um banho demorado, de ler um bom livro, o que for, mas não o fiz. Então assumo minhas escolhas, certas ou erradas, e digo " eu não fiz porque não quis"? Claro que não. Eu prefiro por a culpa na vida, no tempo, no trabalho, no sistema, na minha mãe, ou seja lá em quem for conveniente.



* foto: Gato Frank Sinatra, que sempre vai ao quintal.

7 de novembro de 2008

Qual seu maior sonho?





Meu maior sonho é ter uma casa própria, respondeu o pai de família.

Ser piloto de avião, sorriu o menino.

O meu é ir ao banheiro todos os dias, suspirou a moça.

4 de novembro de 2008

A Sete Chaves




Lembra quando você era criança e sempre surgia o assunto “quem você gosta”? Ele tinha mais ou menos a mesma importância do assunto “quem é seu melhor amigo”.
Todo mundo gostava de alguém, o colega de sala ou o menino da rua, e assim, sem entender nada sobre amor e sobre relacionamento íamos seguindo.
Era um segredo guardado a sete chaves. Contávamos no máximo para nossa melhor amiga e, ainda assim, após juras que envolviam nomes divinos e nossas mães mortas atrás da porta.
Depois de alguns anos chegou a brincadeira do beijo e começamos a colocar nosso afeto em prática, mas não, não era o fim dos segredinhos. As brincadeiras de pêra-uva-maça-salada-mista geralmente aconteciam nos fim das festas ou garagens dos prédios, com poucos participantes, ou melhor, poucas testemunhas. No outro dia rolava a fofoca de quem beijou quem, se foi de língua ou não e quantos minutos durou.
Com a bagagem de algumas saladas mistas, o beijo começou a não ser mais motivo de fofoca, agora todo mundo “ficava” e era na frente de todo mundo mesmo, nos shows, nas festas, na porta da escola. Mais tarde alguns ficantes começaram a namorar. Pronto, começou o boato que aqueles dois haviam feito sexo. Sério? A Ana não é mais virgem? Não sei, ninguém sabe. Mas imagina se os pais descobrem? E os pais descobriam, alias, todo mundo descobria, afinal estava todo mundo transando.
Com namoros somados, e algumas (loucas) até casamentos, conversamos sobre sexo como quem fala do preço da laranja. Falamos livremente sobre a primeira vez, posição favorita, número de parceiros, sobre a freqüência (ou a falta dela), o que leva nos leva a acreditar que não temos mais o que esconder, mas quem disse?
Basta perguntar sobre gostamos para surgir uma máquina do tempo que nos leva diretamente para primeira série, porque sim, apesar de ficar com aquele, ou ter feito sexo com aquele outro, acontece de gostar de um terceiro e não gostamos de sair por aí assumindo esses sentimentos. E não, não há caipirinha de kiwi que nos leve a dizer se já esquecemos, se amamos ou não, ou o que escrevemos naquele e-mail, não sem antes jurar pela mãe morta atrás da porta.
p.s: não mais, não mais...

1 de novembro de 2008

O Santo das Causas Impossíveis





Eu queria acreditar em Deus, santos e promessas, mas não consigo. Foi o que eu disse para a moça que me aconselhou a fazer um pedido para São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis. Ela insistiu, que mal faria? Resolvi tentar, mas o que eu poderia prometer? O que São Judas, lá do alto de sua nuvem, acharia realmente esforçado para mim? Não comer chocolate, sorvete ou carnes? Ir pelo estômago é muito clichê, pensei. Nem ele deve agüentar mais essas promessas de mulherzinha.
Cogitei em não entrar mais na internet, o que seria realmente difícil para mim, mas não sei qual o pé de modernidade de São Judas. Talvez ele não considere uma promessa legítima. O que São Judas entende de orkut, blogs, msn. blip, twitter e etcs? Vai me dizer que ele tem perfil no facebook? Se sim, talvez seja mais interessante mandar um e-mail. Ahn?
Ela me aconselhou a entregar uma cesta básica por mês. Achei interessante. Não sairia muito caro, não seria cansativo como subir uma escadaria de joelhos, e ainda tem apelo emocional. Dá certo em programas de TV, talvez dê certo para mim.
Contei pra ela que não cumpri uma promessa uma vez. Será que tem problema?
Eu estava na sexta série e meu pai disse me daria uma moto Jog se eu não pegasse nenhuma recuperação. Eu sabia que a probabilidade era pequena, pois estava mal em inglês, então resolvi fazer uma promessa para São Longuinho. Se eu não pegasse recuperação, daria 500 pulinhos.
Deu certo, eu não peguei recuperação, mas... também não ganhei a Jog. Nada mais justo que não dar os 500 pulinhos, certo? Errado. São Longuinho ficou puto. Tão puto que espalhou minha fama de má pagadora por todo o reino das divindades, de forma que meus pedidos nunca mais foram atendidos. Acho que São Longuinho é uma espécie de serasa do céu. Não há São Jorge que me salve, muito menos Santo Antônio, que resolveu tomar todas as dores do Longuinho e ferrar minha vida amorosa pra todo sempre. O jeito é torcer para que São Judas não faça parte dessa patota e me ajude, afinal, são doze cestas básicas, certo São Judas?