29 de janeiro de 2010

Ema Ema Ema

Tem um homem que sempre aparece aqui no shopping com algum garoto. Hoje ele veio mais uma vez. Não posso afirmar que é um menor de idade, pode ser que ele tenha 18, mas pode ser que ele tenha 14, 15.Compra comida, bebida e divide com o menino do dia. Talvez eu tenha assistido Dexter e Cold Case demais, mas o cara me parece suspeito.

Ele carrega uma cruz de madeira no pescoço, e dizem ser estudante para padre. Será? Não sei. Talvez trabalhe com adolescente, acha o segurança. Certo, bela forma de se trabalhar, pagando bebida. Ok.
Anotei a placa do carro, tirei foto, sei lá, achei que precisava fazer isso. Disseram que já eles são crescidinhos já, sabem o que estão fazendo, mas como saber o que tem por trás disso? E se fosse o seu filho?

Há dois anos aqui na cidade houve um crime violento. Um homem levou para casa dois garotos, na faixa dos 12 anos. A família do cara sabia que ele levava garotos lá, os vizinhos sabiam, mas ninguém parecia se importar. Tanto que uma vizinha ouviu alguns gritos, mas não se importou, achou que era alguma brincadeira. De fato, o cara assumiu ter se divertido com o que fez. Amarrou os garotos, torturou e estuprou por vários dias, até que por fim matou um dos garotos a machadadas. O outro conseguiu fugir.

Quando a policia chegou, encontrou sangue até no teto. A cidade inteira ficou chocada. Os vizinhos queimaram a casa, mas de que adianta? Por que não fizeram isso antes? Por que fecharam os olhos?

Mas é essa a política, fechar os olhos. Eu liguei pra saber se existe algum órgão especializado nesses casos, talvez prostituição de menores, exploração, sei lá. Caso existisse, acho que eles deviam dar uma checada, por desencargo de consciência, mas não, não existe, e a policia não pensa como eu, pois dizem que é difícil provar alguma coisa, e o máximo que pode acontecer é a pessoa que vendeu a bebida ser presa, ou, dar problemas pro shopping.

Então é isso, ema ema ema, cada um com seus problemas. Lembrei o atendente do caso do garoto morto, e ele disse que aquele caso era muito diferente. Espero que sim.

4 comentários:

Fábio Vanzo disse...

Pode ser pré-conceito, mas o fato de ele ser quase-padre torna-o ainda mais suspeito.

Sakana-san disse...

Menina, fiquei arrepiada ao ler o seu post. Eu sou uma pessoa que desconfia de tudo e de todos e não ficaria impassível também. Desconfio muito de religiosos e estudei em uma escola de freiras. Santos o piiih!

Tia Augusta disse...

e os filhos da puta ainda tem a coragem da dizer amém

.leticia santinon disse...

to com medo do padre!