Eu não queria mais assistir novelas. Não que eu não goste. Eu gosto, sempre gostei. Estudei, pesquisei, escrevi sobre, mas não queria mais. Não foi nenhum motivo intelectual também, porque você sabe, isso é bobagem. Isso é conversa de homem que assiste mesa redonda aos domingos. Conversa de quem acha que Réquiem para um sonho é um grande filme.
Mas eu cansei. É, cansei. Não agüentava mais ver a Carolina Dieckmann, o Cauã, a Mariana Ximenes. E quantas vezes eu vou ter que assistir o casal romântico Tárcisio Meira e Glória Menezes? Não. Decidi que só assistiria quando aparecesse algo inovador, tal qual Beto Rockfeller foi para a época.
Foi então que todo mundo começou a falar da novela “A Favorita”. As pessoas praguejavam o autor, que não definia quem era a mocinha, quem era a vilã e eu fiquei com vontade de assistir. Parecia interessante, mas fiquei sabendo pelas capas de revista na banca que a mocinha talvez fosse irmã do mocinho, talvez não. Ah não, amor entre prováveis irmãos? Não. Eu não agüento mais isso. E tinha uma morta que talvez não estivesse morta. Não! Não quero! Fui resistindo, resistindo, e só cedi nas últimas semanas.
Arrependi. Como era boa, não? Claro que teve escorregões, tinha aquele bundão do Zé Bob, a adúltera que acabou punida e morta, e o viadinho que virou macho, mas era boa. Bons diálogos, personagens como a Flora, o Silverinha...é, foi boa. E achei interessante que o nome da novela só fez sentido na última cena.
E agora? Agora começou outra novela cheia de véus, pessoas que vem do outro lado do mundo ao Brasil como quem vai de São Paulo a Santos, e cenas e cenas de dança do ventre. Não, eu não assisto mais novelas.
9 comentários:
Quase 3 meses depois...
É. Eu tive a mesma sensação com A favorita. Fui contaminada por um amigo nas últimas semanas. Mas não sei porquer só quero pensar que o nome de Julikana Paes na novela nova é Jade...
eu só assisti tb as semanas finais de A favorita... ate que gostei e, concordo que o zé bob é um inutl e idiota!
quem salvou mesmo foi a Flora!!!!
eu gosto de novelas assim de outras culturas...principalmente da Glória Perez...
que lembra o clone isso lembra...mas acho que vale a pena ver...afinal o clone foi mto boa
eu nao sou de ver novela nao. a ultima que vi, acho que foi 4 por 4...era essa com a ex-paquita da xuxa?
enfim...
eu gosto da patricia pillar.
O Rodrigo fez um comentário ótimo, disse que o Tony Ramos é a personificação da "festa das nações", qq personagem exótico patriarca que tenha outra nacionalidade, o cara faz.
hahahahahahaha!! é verdade
ei, blz?
procurei poços de caldas no search do twitter e achei teu blog...
te adicionei lá.
=)
Ah, legal seu blog! hehe
Não. A novela não era boa. Me dava nos nervos. Beijinho doce tornou-se um trauma na minha vida. Agora a novela atual, da odiável Glória Peres, é simplesmente uma obra-prima em questão de dramaturgia. Não há nada fora do lugar, e ela meteu o pé na jaca e resolveu fazer um novelão de primeira, que é apostar num clichê (o amor impossível) e fazer a gente acreditar completamente naquilo. Até o marcio garcia que é péssimo está bem. Volto a dizer, tudo que vejo ali é ótimo. Drama, humor, loucura total e esfusiante. Tenho certeza que ela vai me decepcionar lá na frente, mas quem consegue arrastar uma boa trama por meses e meses a fio tendo que contentar audiência. E aos que me tacarem pedras porque levo novela a sério, aviso: estou de saco cheio com essa doença de realismo na literatura, no cinema, no teatro, na teve. Ainda assim, odeio os mutantes, que nao tem nada que ver com a gente. Estou a fim de viajar no delírio da imaginação. Que carnavalizam a Índia. Vilãs fingindo-se de boazinhas levando tapa na cara, irmãos inimigos, velhas fischers fingindo que ainda são mocinhas. Ou seja, viva o dramalhão.
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