1º dia
Cheguei e a primeira coisa que constatei é que tinha rede em cada quarto e fui logo instalando a minha. Fiquei lá, balançando e pensando, Marcela, por que ficou tanto tempo sem fazer uma viagem assim?
Mais tarde fui comer no restaurante do hotel, mas assustei com o preço dos pratos. Fui para a vila, onde constatei que os preços eram os mesmos. Falida mode on.
2º dia
Fui para Maragogi (Alagoas), pois disseram que era o último dia para fazer o mergulho, que a lua mudaria, a maré isso e aquilo, e sei lá mais o que. Entendi o que falavam quando vi as fotos do mesmo passeio que minha irmã fez anos atrás, com a água na cintura. O dia que eu fui nem dava pé. Bom, mergulhei com os peixinhos, mas é um passeio longe pra caramba e não é muito para os fracos, ou melhor, para idosos e crianças, pois embora você fique o tempo todo com guias, é em alto mar e vi uma senhora quase afogar.
Na volta parada em uma fabrica de bolachas típicas. Divinas. Sério. Desça e prove a bolacha folhada. Comprei só algumas e depois me arrependi de não ter levado a fabrica inteira.
3º dia
Como o dia anterior foi muito, muito cansativo, resolvi ir pra Recife, pisar na cidade e digerir os litros de águas do mar que tinha ingerido no dia anterior. Não gostei muito do passeio em Recife porque ficamos o tempo todo dentro da van, pois diziam que era perigoso e eu gosto de andar, observa as pessoas, os prédios, mas ok.
Já em Olinda deu pra andar mais e eu fiquei perdidamente apaixonada, um sentimento que eu só senti na vida por Copacabana. Uma vontade de ficar por lá, como se aquilo sempre me pertencesse.
4º dia
Com remorso de ter renegado a praia no dia anterior, fui de bugui para a praia de Muro Alto e fiquei lá o dia todo. Dessas praias com coral, que a maré desce e forma uma lagoinha sem onda. Tem toda aquela parafernália para família, caiaque, Jetski e tals. Muito bom. Tão bom que fiquei demais na àgua e fritei no sol. Tsc- tsc. Muito juvenil. Lógico que não dormi nessa noite.
5º dia
Calhetas. Foi ideal para mim, que não podia nem sonhar em tomar sol, tamanha a ardência das minhas costas. Fiquei o tempo toda vestida e tudo bem, porque o mar lá é meio bravo. Só para admirar mesmo.
No caminho passamos em uma reserva onde tinha o tal banho de lama. Por que, meu deus? Por que? O que eu achei que era? Chico Science gravando Maracatu Atômico? Lógico que eu me estrepei. Na hora que eu estava naquela nojeira só pensava na possibilidade de ter uma cobra ali, ou pior, pegar uma esquitossomose. Por enquanto só me deu uma alergia cutânea que não sarou até hoje, mas li isso aqui e estou tensa.
6º dia
A tão falada Carneiros. Se eu soubesse que era tão linda não tinha ido para Maragogi e nem Calhetas, tinha ficado só por lá. Não é a toa que por anos está no ranking das dez melhores praias do Brasil. Fiquei o tempo todo no mar, olhando a paisagem e pensando que sorte eu tinha. Quer paz? Vá lá.
Mais tarde furei meu pé em um coral, que também não sarou até hoje. Mas e daí?
7º dia
Só no penúltimo dia ficamos de verdade na praia de porto de galinhas. Me arrependi. É cheia de turistas, farofeiros(nós) e vendedores ambulantes, o que dá aquele ar de Guarujá, mas o mar é uma delícia, com várias piscinas naturais. É bom chegar cedo, porque a maré sobe lá pelas onze da manhã.
Aproveitei a tarde para andar na vila e comprar um monte de bobagens que não usarei tão cedo. Rasguei minha canga em três lugares, mas de novo, e daí?
8 º dia
Como viajaria no fim da tarde resolvi ficar o dia no hotel, curtindo a piscina e a praia local, praia do cupê, que é meio forte e não dá para bobear muito. Pela primeira vez comi em um restaurante que não fosse absurdamente caro e fora da realidade, chamado Cabidela da Nathalia. A cabidela não estava como eu gosto, mas o alívio de gastar um pouco menos compensou.